Ardentes conferem autenticidade: a savana, enquanto lugar de eleição, proveniente da arqueologia da existência, é aqui uma fantasmagoria, e só o fenómeno estético torna suportável o vivenciado. A presença do pensamento comum, qual legado no plano do simbólico, unifica a narrativa, ilustrando os princípios de mundivi vência e de poética.
Se o primeiro livro da trilogia, A Noite Transfigurada, fora dominado pela crença de que não só os sentimentos criam palavras, mas também as palavras geram sentimentos, remetendo, inequivocamente, para Raul Brandão, dois livros após estabelece-se conotação afortunada com um tempo mental e cultural específico, penoso, todavia.
Encare-se Ardor Selvagem, para além de tudo, enquanto prática de perseverança e fidelidade.