« Depois da projecção do filme, ela chega para um debate.
Naquela altura era moda, os realizadores virem falar com o público, era preciso fazer debates.
Quero comprar um ramo de flores enorme.
Não tenho coragem. Tenho verginha. Como oferecer as flores perante uma sala cheia, como afrontar os sorrisos, as graçolas e as troçazinhas?
Não compro flores. Levo no bolso o Détruire,dit-elle. Tenho esperanças de um autógrafo. As luzes reacenem-se. E ela está ali.»
Yann Andréa bateu à porta de Marguerite Duras no verão de 1980, em Trouville, depois de lhe ter enviado inúmeras cartas durante cinco anos.
Desde então, nunca mais se separaram. Dezasseis anos de vida em comum entre um «monstro» da literatura e o seu amante, o último, o preferido.
Entre eles houve Aquele Amor, que Yann Andréa procurou perpetuar para além da morte.