Em certos momentos, parece ter sido a filosofia que, no decurso do desenvolvimento histórico, se encarregou da função de orientar o homem para a meditação sobre si; noutros, pelo contrário, este papel parece reservado à religião ou à arte. A antropologia compreende todos estes ramos da actividade espiritual, tanto quanto a reflexão do homem encontra ocasião para nela se exprimir. Compreende igualmente toda a extensão das expressões mutáveis de que o homem se serve para interpretar a sua vida, a sua própria pessoa e o seu destino. A verdadeira tarefa da antropologia filosófica seria reencontrar, através desta riqueza de dados, a via seguida pela meditação do homem sobre si.