Esta obra reúne ensaios originalmente publicados em revistas ou como prefácios a reedições de clássicos da antropologia portuguesa. O livros estrutura-se em três partes: A primeira , “Mestres”, refere-se a monografias e autores de finais do século XIX a inícios do séc. XX, designado como “período dos mestres”, pretende fornecer uma visão de conjunto da obra dos “pais fundadores” da antropologia portuguesa. Analisam-se as principais influências teóricas destes autores e relaciona-se a antropologia portuguesa com a antropologia internacional da época. A segunda parte, intitulada “Percursos”, inclui ensaios que exploram temas particularmente importantes no processo de desenvolvimento histórico da antropologia portuguesa, com relevo para a relação antropologia/identidade nacional. Extravasando o âmbito cronológico, transmite uma visão de conjunto de um século da antropologia portuguesa (de 1870 a 1970) e integra no universo de análise obras que, não sendo directamente antropológicas, contêm um discurso de “etnografia espontânea”. A terceira parte , “Transições”, aborda a “nova” antropologia que se começa a desenvolver em Portugal a partir dos anos 60 e que põe em causa o eixo estruturante da relação entre antropologia e identidade nacional.