Uma reinvenção inteligente e literária do mito dos vampiros. Os antiquários vivem escondidos, sempre rodeados por objetos do passado, em velhas livrarias ou lojas de antiguidades. Não suportam as mudanças nem o presente, são colecionadores. Têm a capacidade de evocar nos outros o rosto ou os gestos de pessoas que morreram. Aprenderam a controlar a sede primordial. Mas quando se sentem atacados, o antigo apetite regressa... A partir de um incidente, Santiago Lebrón ficará contaminado, transformado em mais um antiquário. E enquanto descobre os segredos dessa antiga tradição, conhecerá o amor estranho, poderoso e perturbador provocado pela sede de sangue. Terá também de descobrir as estratégias de sobrevivência num mundo hostil. Entre elas, a obrigação de acabar com a vida daqueles que cedem à sede, para que a tradição possa continuar na sombra. Reinventando o mito dos vampiros de forma inteligente, e afastando-se das abordagens corriqueiras da literatura do género dos últimos anos, Pablo de Santis volta a deslumbrar-nos com um notável romance onde seres melancólicos, que habitam espaços repletos de nostalgia, e sobretudo de livros, vivem reclusos.