Rivelino d’Antero é um enfermeiro reformado, de 64 anos de idade, que se interna num asilo ao ficar sem meios próprios para se sustentar, depois de ter sido abandonado por Bibí, única filha que lhe restara. Cassundinho é um miúdo deslocado que emigra para Luanda com Bolinha, um fino dobermanque ele adoptara no Porto Quipiri, e com o seu cão fiel pulula pelas ruas da grande cidade, fica deslumbrado com a modernidade, aprende as regras da sobrevivência na selva de asfalto e, certo dia, é detido pela polícia com as bugigangas que vendia, separando-se do animal. No seu vaguear pela urbe, depois da polícia ter levado o seu dono e amigo Cassundinho, o cão chega ao asilo, em cujo portão encontra Rivelino absorto com a contagem dos carros que passam. O bicho dá uma mijadela numa das pernas do velho e aí começa uma sinistra batalha entre o animal e o homem pelo quarto que este ocupa no lar, a qual termina sendo vencida por ... exactamente num momento em que os chineses celebravam o Ano do Cão.