Nos finais do século terceiro antes de Cristo, o eterno conflito entre as duas grandes potências do Mediterrâneo atingira um ponto máximo. O poder de Roma estava a crescer e Cartago encontrava-se abalada depois da sua derrota na Primeira Guerra Púnica.
Nascido de uma das principais famílias cartaginesas, Anibal Barca aprende, ainda rapaz, que a vida é cruel, que a compaixão é uma fraqueza e que Roma tem de ser destruída. Com 18 anos apenas, assume, quando o pai é morto, o comando do Exército cartaginês. Levado pelo ódio, faz das suas tropas uma verdadeira força de élite e avança para quebrar o jugo romano.
Desafiando constantemente o impossível, Anibal parece invencível. Conduz o seu exército de mercenários e elefantes através dos Alpes, em pleno Inverno, invade Roma e inflige aos romanos uma série de derrotas espantosas e aniquiladoras.
Roma está nas suas mãos. Tem de cair...
Em Aníbal, Ross Leckie conta pela primeira vez esta epopeia como uma narrativa autobiográfica de uma amplitude e uma força arrebatadoras. Leckie apresenta-nos não só uma vivida recriação da época como também nos faz mergulhar nas profundezas da alma deste grande militar, cujo ódio imortal contra Roma acaba por leva-lo à perda de tudo o que lhe é querido.
Ao faze-lo, Leckie consegue dar vida à figura quase mítica de Aníbal.
Estamos perante uma narrativa trágica de amor e ódio, de alguém que aprende, através do sofrimento, que o homem não é mais do que a sombra de um sonho.