Em 1966, o MPLA iniciou a luta no Leste angolano, com vista à ocupação de uma vasta área e respectiva ligação à frente norte através da chamada Rota Agostinho Neto. Falhou ambos os objectivos devido à forte oposição, não apenas das Forças Nacionais mas também da UNITA, graças à Operação Madeira. Esta operação marcou o relacionamento das autoridades militares com aquele movimento durante longo período. Nesta obra é realçada, com algum detalhe, a natureza dessas relações, suportada por documentos inéditos. Entre estes destaca-se alguma correspondência trocada entre o presidente da UNITA e o autor, bem como o relatório do encontro entre ambos, que teve lugar em 20 de Outubro de 1973.
Não podemos escamotear a verdade neste conflito. Os protagonistas de acontecimentos com interesse histórico têm o dever de transmitir às gerações vindouras a descrição objectiva e rigorosa desses factos. Só assim os historiadores poderão desempenhar o seu papel: reconstituir com verdade e rigor a História da descolonização. Aqui fica mais um contributo, no ano em que se assinala o cinquentenário do início da guerra colonial.