Através da memória do autor ficamos a conhecer andanças de desespero e esperança, e algumas das estórias dos combates contra a ditadura, num inesperado contributo para a História da luta dos portugueses pela Liberdade e pela Democracia.
Volume I: 1934-1961 | De Estarreja ao Santa Maria
Volume II: 1962-1977 (no prelo) | Do Santa Maria ao 25 de Abril… e o que aconteceu depois
Partindo de uma aldeia portuguesa da Beira litoral, estas “Andanças” atravessarão mares e continentes, em viagens de ida e volta. Nos dois volumes desta obra dá-se conta, nomeadamente: do derrube da ditadura venezuelana e das solidariedades com a revolução cubana; da concepção, preparação e execução do assalto ao Santa Maria; da ascensão e queda de Jânio Quadros e da implantação da ditadura militar no Brasil; do assalto ao quartel de Beja e da campanha de Humberto Delgado para a Presidência da República; de certos «mistérios» relacionados com os primórdios da guerra colonial; da preparação e execução da operação VAGÓ (desvio do avião da TAP a partir de Marrocos); das misérias e dos desânimos de quem não se conformava, e das traições entre militantes; da oposição do PCP à luta armada; da preparação e execução do assalto ao Banco da Figueira da Foz e do subsequente aparecimento da LUAR; dos percursos de muitos dos nossos “líderes” de hoje nesses tempos de Medo e Resistência…
SOBRE O LIVRO:
“Estas «Andanças» de Camilo Mortágua, para além de nos oferecerem uma visão global dos tempos da Ditadura Salazarista, remetem-nos para três valências (3Ms) que no contexto da obra assumem especial relevância: 1) A Metáfora das raízes: não há cultura válida sem ligação às origens; 2) A Mestria da arte de contar: pelo expressivo visualismo que se traduz numa escrita feita de oralidade; 3) O Mito das utopias: daquelas que afinal se tornam possíveis e realizáveis…”, José Rabaça Gaspar