"Os dias de chuva deixaram a memória aberta aos ventos. Lembro-me de ti e lembro-me de ontem. Vi-te. Sorrimo-nos. Era um silencioso e branco navio esse sorriso. Havia luz.
Amo-te, quero dizer-te. Amo-te como se nada mais existisse para lá de ti e de mim e da chuva breve. Tudo é simples. O amor é um claro mês. Mas as palavras são nada.
No silêncio poderia voar um pássaro que eu não soubesse nomear. Poderia haver um lugar desconhecido de todas as geografias. Poderia existir tão apenas uma ausência que deixa saudade e melancolia. Já viste a lua?» Fernanda Cabrita