Ao longo de um quarto de século, entre 1945 e 1969, Alves Redol trocou correspondência com Francisco Tavares Teles, comerciante do Pinhão, que acompanhou o escritor neo-realista na preparação dos seus romances e que se tornou um dos seus grandes amigos. Tavares Teles era, de resto, um oásis de cultura no microcosmos duriense dos anos quarenta a sessenta. Colaborador da imprensa local, era um leitor e divulgador compulsivo da literatura portuguesa, associando-se aos círculos intelectuais durienses e de Oposição à ditadura salazarista.
A organização deste livro, da responsabilidade de Gaspar Martins Pereira, contou com a preciosa colaboração de António Mota Redol, filho de Alves Redol, e de António Tavares Teles, filho mais velho de Francisco Tavares Teles, que não só autorizaram a publicação do acervo epistolar como escreveram textos introdutórios e forneceram muitas informações essenciais para a anotação das cartas. Este livro beneficiou ainda de Este livro beneficiou ainda de outros contributos, que enriqueceram a sua versão final, a começar pelo de Manuel Tavares Teles, filho mais novo de Francisco Tavares Teles, e alargando-se a amigos de Redol, como Marta Cristina de Araújo, e a amigos ou familiares de algumas das pessoas mais referidas na sua correspondência para Tavares Teles, como Maria da Luz Magalhães, sobrinha de José Arnaldo Monteiro, o outro grande amigo duriense de Redol.