«Há coisa de vinte anos, andava eu na “monda” política por terras de Lagoa, fui interpelado por um indivíduo cujo nome nunca cheguei a fixar, o qual, mostrando-me na palma de uma mão uma bela moeda de ouro de um monarca que se intitulava “rei de Portugal e dos Algarves”, perguntou-me se me sentia mais algarvio ou mais português. Ao que respondi sem uma fracção de hesitação: “Em primeiro lugar, sinto-me algarvio, claro! E só depois, português, com muita honra.”» Mendes Bota