Ensaísta, romancista, investigador da cultura portuguesa do século XIX, com obra publicada nessa área, Alberto Ferreira foi ainda professor de Cultura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a seguir ao 25 de Abril. Tornou-se principalmente conhecido do grande público pela publicação da monumental obra, em quatro volumes, Bom senso e bom gosto (Questão coimbrã) e do romance-ensaio Diário de Édipo, publicado em 1965, com três edições, que representou, durante algum tempo, a voz da oposição contra a repressão salazarista.
O roteiro da mostra bibliográfica divulga documentos do seu espólio literário (v. Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea), alguns dos seus manuscritos éditos e inéditos, apresenta correspondência trocada com intelectuais seus contemporâneos, bem como desenhos e pinturas a cor com que, na última fase da vida, retido pela doença de Parkinson, preencheu o tempo que lhe sobrava das leituras e da reflexão filosófica.