Este livro busca afirmar que as obras de Agostinho não lançavam âncora num porto definitivo; o seu gênio navegava, em odisseias, por todos os mares tempestuosos dos pensadores inquietos. Horrorizado com as dezenas de cristianismos em litígio, viu Agostinho a necessidade de estabelecer certa unidade no meio da caótica pluralidade das teologias cristãs, e o cristianismo romano, sob os auspícios do próprio imperador, prometia garantir certa unidade. Se essa unidade externa coincidia com a verdade interna, isto era outra pergunta, antes de consciência individual do que de conveniência social.