Há um ponto em que os pensadores seculares estão de acordo com os intelectuais de base religiosa: a revolução sexual foi um dos mais importantes marcos na história humana. É mesmo provável que nenhum outro facto tenha alterado tão profundamente e tão depressa a vida de tanta gente, como o distanciamento que a pílula introduziu entre a sexualidade e a procriação. Mas qual foi o resultado de tudo isto?
Adão e Eva depois da Pílula é um dos primeiros livros a fazer uma análise dos diversos campos em que a revolução sexual suscitou radicais alterações. Nesta análise dos comportamentos humanos pós-emancipação, Mary Eberstadt argumenta - com base numa crescente acumulação de dados empíricos - que, ao contrário das promessas de libertação e felicidade que tinha feito, a revolução sexual deixou e continua a deixar atrás de si um rasto de miséria, abandono e vazio. Em seguida, prosseguindo este raciocínio, coloca questões provocatórias como: a comida será o novo sexo? A pornografia será o novo tabaco?