Amar o que é perfeito, o que merece a nossa total aprovação, acontece tão espontaneamente que é raro constituir objecto de reflexão. É amar o que é incompleto e ilógico que assume aos nossos olhos os contornos do paradoxal. Este é, justamente, o conteúdo do primeiro mandamento que Kent nos propõe: « As pessoas são ilógicas, nada razoáveis e egocêntricas. Amemo-las mesmo assim.» Porque não? Se vivemos num mundo conflituoso e insano, então porque não investir na acção correcta, na acção que espelha uma genuína atenção aos outros e que é a única forma de colocar em movimento um círculo virtuoso capaz de inverter o caminho de ruína que a família humana parece obstinada em seguir? Kent partilha connosco uma série de princípios que nos desafiam a tomar uma nova consciência na relação com os outros e a encontrar uma vida plena de sentido, a única que verdadeiramente vale a pena. Por toda a sua força e autenticidade, esta obra assume-se como um apelo à descoberta do significado da nossa vida pessoal num mundo tumultuado, ao renascimento de uma nova confiança na natureza humana.